quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

LANÇAMENTO DO JORNAL SEABRA EM FOCO

O PEAMSS – Projeto de Educação Ambiental e Mobilização Social em Saneamento convida a todos para participar do lançamento do jornal SEABRA EM FOCO, que foi produzido coletivamente nas oficinas do projeto.



Contaremos também com apresentações Musicais e Exposições de Artistas local.


O lançamento acontecerá nesta sexta-feira no dia 05 de novembro, às 19h, próximo à Prefeitura, entre a Praça dos Eventos e Praça dos Correios.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

VIVÊNCIA NA ESCOLA AGRÍCOLA




 No dia 17 de Setembro de 2010, às 8h, nos reunimos no Sindicato dos Trabalhadores Rurais, para juntos podermos ir para a Escola Família Agrícola para realização de nossa vivência, colocando em prática as tecnologias sustentáveis aprendidas durante a nossa 2ª Oficina de Educação Ambiental.

Chegando lá fomos muito bem recepcionados pela diretora, professores e estudantes. Tivemos um primeiro momento dentro de uma sala, para que as oficineiras pudessem passar algumas informações em relação à prática.

Contamos com a participação de diversos órgãos da cidade como: Fábio Lúcio Martins Neto representante da EBDA, Paulo Roberto de Araujo da CERB, Nilton Quinteiro da Silva da Secretaria de Obras, Joaquim Facundes Santos da Secretaria de Meio Ambiente, Danila Sampaio Cerqueira do INGÁ, Reginaldo A. Lima da Secretaria de Agricultura, Iris de Fátima Rosa Martins da EMBASA, Edemir de S. Pires o presidente da Câmara de Vereadores, Lília Carneiro Da Silva vereadora e diversos segmentos da sociedade, assim também como a participação de 60 alunos e 20 técnicos e professores que compõe a família Escola Agrícola.

Passado o momento de apresentações, passou-se a discutir um plano de ação para realização da vivência tendo surgido à proposta de se adotar essas praticas ao longo do rio e na zona rural. Logo após partimos para a prática. Saímos da sala e nos deslocamos em direção ao quintal da escola, lá encontramos o buraco já aberto pelos alunos, solicitado anteriormente, então começamos a realizar o circulo de bananeiras. Todos bem interessados em ajudar e aprender.


PEAMSS –Projeto de Educação Ambiental e Mobilização Social

Curso 2: Educação Ambiental

CÍRCULO DE BANANEIRAS

O círculo de bananeira é usado para tratar as águas usadas da casa (pias, tanques e chuveiros), as chamadas águas cinzas. Ele também beneficia a produção de bananas em escala humana.





Uma das bases do design na permacultura é estabelecer relações positivas, sinérgicas entre os elementos de um sistema vivo.

Como construir:

O trabalho começa com a construção de um buraco, em forma de concha, com 1 m cúbico de volume. Lembre-se que a terra retirada do buraco é colocada na borda aumentando a altura do buraco.



Os sistemas vivos não seguem projetos no papel. Então mais importante do que seguir as dimensões apresentadas aqui, é procurar observar no local, o solo, a insolação, incidência de geadas, etc. para definir melhor como será o círculo de bananeiras de sua residência.

O buraco, depois de pronto, deve ser enchido com madeira e palha para criar um ambiente adequado para o recebimento da água cinza e para beneficiar a micro vida. Isso é feito primeiro colocando pequenos troncos de madeira grossos no fundo. Em seguida galhos médios e finos de árvores e por último a palha (aparas de capim, folhas, etc.) formando um monte com quase 1 metro de altura acima da borda do buraco. A madeira deve ser colocada de forma desarrumada, para que se crie espaços para a água. A palha em cima serve para impedir a entrada da luz e da água da chuva, que escorrerá para os lados não inundando o buraco e não se contaminando com a água cinza.




A água cinza deve ser conduzida por um tubo até o buraco e com um joelho na ponta para evitar o entupimento. Não usar valas abertas para a condução da água, assim mosquitos e outros animais indesejados não terão como se desenvolver. E os microorganismos da compostagem terão um ambiente perfeito para fazer o seu trabalho.


Plantio

As bananeiras podem ser plantadas de diversas maneiras. Mas é preferível usar o rizoma inteiro ou uma cunha (parte de um rizoma) com uma gema visível. Após fazer as covas (no mínimo 30x30x30 cm) deve-se enche-las com bastante matéria orgânica (palhas, folhas, etc.) misturada com terra. Antes de preencher totalmente o buraco, na hora de colocar o rizoma, posicione para que a gema fique para o lado de fora do círculo e inclinado de forma que a bananeira nasça caída para fora. Essa inclinação da bananeira é mais fácil de ser conseguida quando plantada a partir de rebentos. Isso facilitará a colheita e o manejo das bananeiras. O rizoma deve ficar há uns 10 cm, em média, abaixo do nível do solo.

Ao redor do círculo, também é indicado o plantio de mais plantas de folha larga como a taioba, o mamoeiro e entre elas batata doce ou outra plantas rasteiras para cobrir todo o espaço. Em pouco tempo o círculo irá se transformar em um nicho de fertilidade que vai se espalhar pelo entorno.


Cuidados

A água cinza NÃO deve conter água preta dos sanitários. Estas deveriam ir para outros sistemas apropriados para o seu tratamento.

E nas pias e chuveiros deve-se evitar o uso de detergentes químicos e outras substâncias tóxicas como cloro, etc., pois estas substâncias matam os microorganismos e impedem a compostagem dos nutrientes contidos na água cinza com a madeira.

Se o volume de água cinza produzido na casa for maior do que a capacidade de recebimento do círculo, a melhor solução é construir outro círculo interligando ao primeiro. A água cinza entra por cima no primeiro e sai no nível máximo por meio de outro tubo e segue para o segundo círculo. Conforme a situação pode-se ter uma bateria de círculos interligados.

Manejo

Sempre colocar aparas de poda (grama, capim, galhos) no centro para alimentar o círculo e evitar que o buraco seja inundado com a água da chuva.

Após colher o cacho de bananas, deve-se cortar a bananeira bem na base e em pedaços de 1 metro, rachar ao meio (longitudinal) e também colocar no centro do círculo. A cada 3 anos (ou mais) todo o material depositado no buraco pode ser retirado (quando os troncos se dissolverem) e usar como adubo orgânico na horta. E repor novo material como no início da implantação do círculo.

Ao terminar esta primeira prática partimos para outra a Compostagem.

PEAMSS – Projeto de Educação Ambiental e Mobilização Social

Curso 2: Educação Ambiental

COMPOSTAGEM

A compostagem é uma técnica milenar, praticada pelos chineses há mais de cinco mil anos. Nada muito diferente do que a natureza faz há bilhões de anos desde que surgiram os primeiros microorganismos decompositores. Na floresta, cada resíduo, seja ele de origem animal ou vegetal, é reaproveitado pelo ecossistema como fonte de nutrientes para as plantas que, em última análise são o sustentáculo da vida terrestre. Pois bem, quando procedemos com a compostagem estamos seguindo as regras da natureza e destinando corretamente nossos resíduos.



Tradicionalmente a compostagem é vista como uma prática usual em propriedades rurais e centrais de reciclagem de resíduos. No primeiro caso é uma estratégia do agricultor para transformar os resíduos agrícolas em adubos essenciais para a prática da agricultura orgânica. No segundo é uma necessidade administrativa, que tem a intenção de diminuir o volume do material a ser gerenciado além de estabilizar um material poluente.



No espaço urbano existe a crença de que lixo deve ser recolhido pela prefeitura e despejado em algum local onde possa feder e sujar a vontade. Esta realidade perversa está sendo mudada, graças às ações práticas de alguns municípios e pelos avanços nas leis e normas ambientais em nosso país. Mas o que nós cidadãos podemos fazer em nossas casas para colaborar neste processo?

Uma coisa muito boa, que podemos fazer em nossas casas e apartamentos é a compostagem. Diferentemente dos agricultores que precisam de adubos para os seus cultivos ou das prefeituras que precisam se livrar desses resíduos; nós, em casa, podemos começar simplesmente tentando diminuir a quantidade de lixo orgânico emitido para a prefeitura. É claro que só é possível isto em casas onde o lixo é separado.



Entre os muitos modelos de composteira existentes, destacamos os formando pilhas no chão e engradados de PVC. Com dois ou três engradados podemos montar uma sistema de compostagem bem eficiente e que não ocupa muito espaço.



Como montar uma composteira formando pilhas no chão:

1. Escolha um lugar sombreado, de fácil acesso e preferencialmente sobre a terra, de modo a manter contato mais íntimo com a vida do solo;

2. Reduza o tamanho do material, picando ou rasgando;

3. Coloque primeiro o material graúdo (o mais adequado é o de poda de árvores e cercas vivas, devidamente picado) até uma altura de 20 cm;

4. Acrescente outros resíduos de jardim e de cozinha, evitando porém, a formação de camadas nitidamente diferenciadas de um único tipo de material;

5. Mantenha o material solto e fofo;

6. Depois de colocar o material, recubra com uma camada de grama, palha, folhas de bananeira, de palmeira ou folhagem para protegê-lo tanto do ressecamento quanto de chuvas fortes, conservando-lhe a umidade e o calor;

7. Molhe sempre que necessário para manter a umidade, mas lembre-se que não deve ficar muito úmido;

8. Avalie a temperatura usando um termômetro de haste longa, uma barra de ferro ou colocando a mão no interior do monte. Se for possível suportar o calor da barra ou do composto, a temperatura está boa, mas se é praticamente impossível segurar a barra ou manter a mão no monte, é preciso resfriá-la.

9. O composto está pronto para uso.

Como montar a composteira em caixas PVC:

1. Forre por dentro um engradado de pvc (destes que usamos para carregar as compras no supermercado) com uma camada espessa de jornal bem úmido. Depois de acomodar estas folhas de jornal faça furos no fundo.

2. Escolha no seu lixo orgânico algumas porções de cascas de frutas, folhas de verduras.

3. Cubra tudo com mais uma camada serragem. A serragem tem que estar sempre úmida, caso contrario roubará água do material que esta sendo compostado e este não ficará pronto em poucas semanas.





Onde colocar a composteira?

A composteira de engradados de pvc não deve ser colocada em locais sem ventilação. Não devemos desperdiçar locais ensolarados com a compostagem que dispensa a luz solar; as plantas sim precisam dela. Os engradados de compostagem devem ser colocados sobre um suporte que pode ser desde de um simples e pouco eficiente jornal, até bandejas ou caixas que possam coletar e canalizar o chorume (líquido que escorre do composto) completamente. Um bom composto deve produzir muito pouco ou nenhum chorume. Mas quando regamos o composto no verão isto é inevitável. Por garantia podemos acomodar nossos engradados sobre uma bandeja plástica, de metal ou de madeira, de pelo menos 5 centímetros cheia de brita, cascalho ou areia bem grossa. O importante é que o composto tenha o mínimo contato com o chorume.

Um engradado de pvc é capaz de compostar o resíduo orgânico gerado por até três pessoas. Para uma família maior é só aumentar o número de caixas. É preferível fazer duas pilhas de engradados do que empilhar muitos.

O que pode ser compostado e como usar o composto gerado?

Praticamente qualquer coisa orgânica é passível de compostagem. Preferencialmente devemos usar os resíduos orgânicos vegetais crus gerados em nossa cozinha, os restos de comida podem e devem ser compostados, porém devemos lembrar que o sal pode diminuir a qualidade de nosso composto tornando-o mais salino do que o conveniente. Pensando ecologicamente o certo é não termos restos de comida; um pouco de organização pode evitar desperdícios e viabilizar a prática da compostagem domiciliar de forma totalmente eficiente. Mas quando não conseguimos comer tudo o que preparamos o destino mais adequado para os restos de comida é a composteira. Ossos podem ser compostados, principalmente os cozidos. Já a carne crua não é o melhor material pois pode cheirar mal dentro da composteira. O jornal e outros papeis velhos podem ser usados sem problemas, mas devemos lembrar que o jornal limpo se presta muito mais para a reciclagem (fabricação de um novo papel) do que para a compostagem. Então devemos usá-lo com sabedoria.

Após o composto estar pronto você pode usá-lo em suas flores, folhagens, hortaliças e temperos. Aplique de acordo com a necessidade de cada espécie de planta. Samambaias em geral e folhagens tropicais gostam de doses bem fartas de composto, algo em torno de um quarto do volume do vaso ou da floreira.

Legal: Ensine para as crianças e também para seus amigos que a compostagem domiciliar é uma continuidade da separação do lixo, e coopera com a coleta seletiva para a diminuição dos aterros sanitários e lixões. No composto as crianças poderão aprender muitas coisas sobre a natureza. Como podemos ver a compostagem é uma prática interessante, viável na maioria dos espaços, e (por que não dizer?) um ato de cidadania, especialmente quando fazemos isto pensando em todo o nosso lixo orgânico que ao invés de feder e poluir vai gerar mais verde e mais vida. Não é incrível termos um pequeno ecossistema dentro de casa?


A diretora informou que a tutora Adriana que participou do primeiro curso de EA já havia iniciado uma composteira, utilizando aprendizados adquiridos no primeiro curso, porém preferimos começar uma nova composteira para que todos pudessem acompanhar.

Houve uma grande participação da Escola que fez a gentileza de nos ceder o seu lixo orgânico assim também como todo material necessário para a prática da atividade. Finalizamos a vivência com um delicioso lanche.